tag:blogger.com,1999:blog-73447024411357907032024-03-13T14:12:47.471-07:00Certas coisas que não sei dizer...Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.comBlogger45125tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-62673136272528785122011-02-02T04:55:00.000-08:002011-02-02T04:59:45.197-08:00Visita<div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Nunca entendi o que era saudade. Até aquela tarde quente de início do ano. Aquela em que as pernas não aguentam peças de roupa sobre elas e a pele parece queimar mesmo na sombra e no vento percebido pelo movimento das árvores. Típicos do verão.</span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: left;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Naquela tarde fui convidada a uma visita inusitada. Na verdade, foi esta a ideia que tive logo que cheguei à sombra quente dos jardins mais vigiados que já vi. De longe os olhares se cruzaram e eu ao meio ainda sem percepção da cena que me esperava.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">A saudade em mim, até aquele momento só poderia ser cessada com um longo abraço finalizado com o beijo de puro carinho. E naquele dia não foi esta imagem previsível, a visão que se podia ter do jardim.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Tratava-se da visita de amigos e familiares a jovens reclusos da sociedade. Estes internos naquele regime deveriam permanecer por quarenta dias. Decisão, muitas vezes, por falta de opção. Em suas mentes a saudade era grande, mas naquele dia ela não lhes era permitida.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Gélidos e insensíveis. A aparência de amantes da pátria percebida nas fardas camufladas escondiam sentimentos perceptíveis em seus olhos. Estes seus únicos aliados na tarde quente.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Estavam distantes de quem amavam e, assim, deveriam permanecer. Entre a dor física dos músculos cansados, a que mais os afetava era a da saudade.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Além das mães que gostariam de abraçar os filhos, os casais. O dia todo a esposa de um dos milicos se preparou para a hora da visita. A dor que apertava o peito também a deixava em prantos algumas vezes. Tinham se casado há pouco mais de um ano. Apesar de querer esconder ela não se acostumava com o fato de estarem longe.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Na visita, porém não se atreveram a se tocar. Mataram a saudade com olhares profundos que acariciavam a alma e o coração distantes fisicamente todo aquele tempo. Foram comportamentos tão discretos que, para minha surpresa, não precisavam de carinhos explícitos para demonstrar que se amavam.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Foram três horas e meia apenas. Na despedida, um toque. Eram as mãos que se cruzaram por um instante. No olhar diziam realmente tudo. Não precisavam de abraços.</span><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><o:p></o:p></span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span class="Apple-style-span" style="line-height: 18px;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"><br />
</span> <span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;"> </span></span></div><div class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span style="line-height: 115%;"><span class="Apple-style-span" style="font-family: Georgia, 'Times New Roman', serif;">Ela se virou e foi pra casa guardar a saudade. Ele continuou no jardim, à espera da próxima visita. Eu, segui com uma lição.</span></span></div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-20497506708629210752010-12-17T12:12:00.000-08:002010-12-22T11:42:52.871-08:00Anjos no ValePara mim seus sonhos eram restritos à estrada. Poeira e velocidade faziam parte da rotina de todos, sobre duas rodas. Misteriosos e sombrios. Naquela tarde de domingo tinham muito mais a revelar. Traziam no preto e no couro de suas roupas histórias de vida e solidariedade para cerca de 100 famílias.<br />
<br />
Distantes de mim, fisicamente, e de meu conhecimento, assim permanecemos durante meus vinte e dois outonos incompletos. Eram, de fato, Anjos, no Vale simples do interior de São Paulo.<br />
Um a um subiam o morro na rua estreita do bairro. A missão era mais digna do que a exibição das motocicletas de grante porte com aderesos inusitados. Era véspera de natal e algo deveria ser feito para aquelas famílias, especialmente, para as crianças.<br />
<br />
Imunes do mundo sorriam ao ver o movimento. Com pressa saíam de suas casas, esbarravam umas nas outras enquanto corriam em direção à Praça da Igreja Santa Rita. Em volta de um dos canteiros de árvores, uma surpresa.<br />
<br />
Ali, o capacete e as luvas pretas deram lugar aos embrulhos distribuídos para as crianças carentes do local. Palhaço e papai noel estavam presentes, ainda que cansados em meio ao sol escaldante dos inícios de tarde de dezembro.<br />
<br />
A festa anunciava o natal. Contentes as mães levavam os filhos para ganhar os presentes, alguns especiais. Ao canto pessoas se refugiavam na sombra e se refrescavam com refrigerante e picolé servidos. Tudo muito simples, mas rico.<br />
<br />
Naquele dia os amantes do asfalto não tinham postura séria, ao contrário, desde o início da festa, assumiam o papel de benfeitores de um povo que só sabia sorrir com o que via. Ação linda, experiência de amor, que só quem viu pode explicar.<br />
<br />
<i>*Texto baseado na 12ªedição da festa de natal do grupo de motoqueiros Anjos do Vale.</i>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-41632445353090257512010-12-07T11:55:00.000-08:002010-12-07T11:56:20.440-08:00Lógica da vidaEsperar. Eis a lógica mais ingrata da vida. Em alguns casos a espera é algo que não compreende-se, algo que enche o coração de angústia e fere os sentidos.<br />
<br />
Como muitos, nunca gostei de esperar. A pressa oculta em mim, ainda que tímida, sempre se manteve viva, e quando ameaçada pelas demoras da vida, teimava em aparecer como uma força incrível capaz de abalar os ânimos e fazer vir à tona a ansiedade.<br />
<br />
Em meio a este conflito humano por ter que esperar pelo que quero me ensinou a acalmar a vida com o silêncio. Sim, o simples ato de ficar calada nos momentos em que gritar seria a solução mais apropriada, me devolveu, por muitas vezes, a força que precisaria em outros instantes.<br />
<br />
A espera é precisa. Lógica perfeita ou não, é necessária. Dominá-la é um exercício capaz à vida. Insanidade pensar que não tê-la é alcançar a perfeição. A vida perfeita é ilusão. Os obstáculos da demora são degraus, sábio é quem os desloca a seu favor.Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-18527008650041351392010-11-10T14:23:00.000-08:002010-11-10T14:24:11.048-08:00Verdes e apaixonantesEram onze da noite quando entrou em casa. Enfim, tudo fazia sentido. Sem pressa destrancava a porta e caminhava timidamente entre os móveis da sala escura devido o cair da noite. O quarto estava como deixara de manhã antes de sair. Ficava feliz quando encontrava as 'bagunças' no lugar. Para ela era sinônimo de que tudo permanecera do seu jeito, como estivesse satisfeita.<br />
<br />
Como em tudo na vida não desejava grandes coisas. Aprendeu a sonhar sem tirar os pés do chão e não se arrepender do que não fez. No fim, ao menos, tudo parecia fazer sentido. Naquela noite o sono veio tranquilo e rápido, como um suspiro profundo de alívio e paz. Só pensava que teria tudo novamente no dia seguinte.<br />
<br />
A obrigação diária o fazia por prazer. Pelo trabalho a tarde, não tinha o hábito de acordar cedo. Às 9h estava de pé no quarto bege claro. A parte da manhã era seu milagre pessoal, sobre tantas coisas que poderia fazer, procurava não fazer nada, por determinação própria. A preguiça era um dos pecados que a perseguia.<br />
<br />
Ao meio dia, tinha pressa em almoçar. O tempo tinha que ser medido com precisão para nada dar errado. Guiando pelas prórprias mãos os passos, caminhara até a calçada larga do centro da cidade. De repente os olhos refletiam o brilho que vira. Eram de um tom verde desconhecido, às vezes os via azuis e a noite tom de mel. Misteriosos. <br />
<br />
Eles sempre escondiam as surpresas que gostara de saber. Sua curiosidade era em decifrar cada gesto e argumentar com a prolixidade de ser. Na verdade gostava disso. Era de opinião forte e sua profissão a favorecia no dom da palavra.<br />
<br />
Por fim, chegava às 22h. Eram os melhores sessenta minutos do dia. Sem mais, não precisava explicar nada. Tudo já possuia sentido completo quando, mesmo a noite, via aquele brilho. Eram verdes e obcecados, apaixonantes.Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-33822234229424583342010-10-20T14:57:00.000-07:002010-10-25T12:47:35.030-07:00Primavera<div style="border: medium none;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_nhWgYAs_vcnG5bioGLjqN1CYur3T3SY5akMukTWDqbQhkYHWZwyKKn7laARUM4-z3gxpB0Op5bF-I8jM1_GiESsI9mKG5PfhmLG8snmvPd32ainZUxvyMEcGIWN0vVR_Ab48mmZfCd0/s1600/primavera.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" ex="true" height="238" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj_nhWgYAs_vcnG5bioGLjqN1CYur3T3SY5akMukTWDqbQhkYHWZwyKKn7laARUM4-z3gxpB0Op5bF-I8jM1_GiESsI9mKG5PfhmLG8snmvPd32ainZUxvyMEcGIWN0vVR_Ab48mmZfCd0/s320/primavera.bmp" width="320" /></a>Durante meses 'longe' deste espaço a vontade de escrever nunca me faltou. Confesso que tempo e possibilidades tive, mas por fatores ainda incompreensíveis à qualquer pessoa que não comungue de meus pensamentos, eu me mantive em silêncio, sem compartilhar parte de minha vida.</div><div style="border: medium none;"><br />
</div><div style="border: medium none;">Em abril, planejei mentamente um texto para meu aniversário. A inspiração veio em uma tarde em que o sol se escondia para a chegada de mais uma noite de outono. As nuvens, misturadas ao monte naquele espetáculo da natureza, preenchia o cenário com tons roxos, muito lindos. Enquanto descia o morro de Cachoeira Paulista-SP, a vida tinha mais graça e as palavras exatas do texto se fizeram ali, completas.</div><div style="border: medium none;"><br />
</div><div style="border: medium none;">Naquele dia eu caminhava leve, mesmo sem as flores vivas da primavera, que muito me encanta. Nesta estação é as pessoas se animam. Animadas nas ruas à noite, reproduzem pelas roupas leves e os pés à mostra os efeitos do clima quente. O ambiente colorido seduz até quem não costuma sorrir. Neste tempo as conversas têm mais cor e as paixões mais intesidade.</div><div style="border: medium none;"><br />
</div><div style="border: medium none;">Enfim tudo é a primavera. Ela me inspira, me faz mais feliz, me faz mais viva. </div><div style="border: medium none;"><br />
</div><div style="border: medium none;"><i>"O perfume que andava com o vento pelo ar </i></div><i>Primavera soprando pr'um caminho mais feliz</i> <br />
<i></i> <br />
<i>Mais feliz, pois a rosa que se esconde</i> <br />
<i>No cabelo mais bonito, é um grito</i><br />
<i>Quase um mito, uma prova de amor"</i>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-83358330627041671382010-04-09T12:27:00.000-07:002010-04-09T08:25:24.513-07:00Aquele breve adeusCom um suspiro bem fundo iniciou a tragetória do fim. O sorriso relembrava a alegria e os frutos bons daqueles que não mais poderia chamar de simples colegas, mas amigos. A nova rotina a deixaria imune às lembranças dos momentos vividos nos quase dois anos que passara na sala grande, de janela larga e sacada que permitia a entrada do sol nos dias quentes.<br />
<br />
Jamais poderia esquecer daqueles que convivera e partilhara a vida nos momentos tristes e mais alegres. Ali tinha feito festa, inventado dança, nome e sobrenome. Por trás do micro podia ver os sorrisos deixados em cada canto, junto aos momentos passados, que já não podem voltar.<br />
<br />
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcR3OykMNbjSHMJt_sqHGI7C1relMTuE2AG_FyRHYO8wiYVVzvWPleNc7y_iZHCD_u-jleBTQQ-iaCcrRmozxWxCe-tMnVx1Kt2xgll9jjDtMzDmce1yjvlKg0RlFNRfffzElZfuPaXj4/s1600/SDC14806.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjcR3OykMNbjSHMJt_sqHGI7C1relMTuE2AG_FyRHYO8wiYVVzvWPleNc7y_iZHCD_u-jleBTQQ-iaCcrRmozxWxCe-tMnVx1Kt2xgll9jjDtMzDmce1yjvlKg0RlFNRfffzElZfuPaXj4/s200/SDC14806.JPG" width="200" /></a>Recordava-se daquele que lhe ensinara a primeira lição de assessoria ao redigir um release. Exemplo de profissional, ele lhe trazia tranquilidade e lhe ensinara a ter humildade e caráter.Tinha a certeza que deixara marcas eternas em cada coração. Jamais poderia se afastar dali sem ter à mente o amigo das conversas longas, a garota de sonhos rebeldes, o determinado chefe de redação, o quase chefe, o modelo informatizado, a jovem administradora, a jornalista de grandes olhos verdes e a menina em que se via.<br />
<br />
Todos faziam parte da sua realidade jornalística na redação improvisada. Por ali já havia visto muitos rostos, que de passagem foram embora e nunca mais surgiram. Ali teve excessos de raiva, alegria e muito aprendizado. Entrara uma menina e sairia com a experiência necessária para novamente fazer a diferença onde fosse.<br />
<br />
Teria que dizer adeus, mas era difícil. No relógio, meio dia. Era quase hora de passar pela porta, descer as escadas, caminhar até a saída dos fundos, contornar o prédio e viver pela última vez a rotina dos meses que ali vivera. No fundo estava feliz, pois iria exercer seu dom em outros ares. A tristeza tinha nome. Este, amigos.<br />
<br />
Por eles não queria olhar para trás. Gostava de reviver o caminho apenas pela mente e não ter lembranças do fim. Desejara apenas um breve adeus ou até mesmo um 'Até logo' necessário ao seu coração. Teria que ir e iria com a certeza de que deixou e levaria apenas o bem, nada mais.<br />
<br />
*Homenagem aos amigos da Secretaria de Comunicação - Prefeitura de Lorena.<br />
Aos Thiagos: Zogbi, Datena e Vilela. Ao Daniel e Baracho. E às meninas: Ariane, Sara, Nathália e Fabíola. A todos o meu muito obrigada, e desde já, sinto saudades.<br />
<br />
**Na foto: Zogbi, Ariane, Datena e Eu.Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-55833243459181375202010-04-07T07:21:00.000-07:002010-04-08T05:47:24.442-07:00Jornalistas, Parabéns!<div class="fr0" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Como parte de homenagem àqueles que destinam as horas do dia e da noite em registrar a história e aos que ainda são leigos no assunto, seguem abaixo algumas definições da paixão que me compõe. </div><div class="fr0" style="font-family: "Trebuchet MS",sans-serif;">Parabéns aos jornalistas do Brasil e do mundo. Em especial à Camila Campos, por ser jornalista e aniversariante neste dia. </div><div class="fr0"><br />
</div><div class="fr0">***</div><div class="fr0"><br />
</div><div class="fr0">"Porque o jornalismo é uma paixão insaciável que só se pode digerir e humanizar mediante a confrontação descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos imprevistos da vida, não pode imaginá-la. Quem não viveu a palpitação sobrenatural da notícia, o orgasmo do furo, a demolição moral do fracasso, não pode sequer conceber o que são. Ninguém que não tenha nascido para isso e esteja disposto a viver só para isso poderia persistir numa profissão tão incompreensível e voraz, cuja obra termina depois de cada notícia, como se fora para sempre, mas que não concede um instante de paz enquanto não torna a começar com mais ardor do que nunca no minuto seguinte."</div><div class="fr0"></div><i><span class="aut">Gabriel Garcia Marquez </span></i><br />
<br />
<br />
“Jornalismo, independentemente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos: leitores, telespctadores ou ouvintes. uma batalha geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra, acrescida, no caso da televisão de imagens. Entrar no universo do jornalismo significa ver essa batalha por dentro, desvendar o mito da objetividade, saber quais são as fontes, discutir a liberdade de imprensa no Brasil”.<br />
<i>Clóvis Rossi </i><br />
<br />
<div align="RIGHT"><div style="text-align: left;"><br />
"O jornalista pertence a uma espécie de casta de párias, que é sempre estimada pela `sociedade' em termos de seu representante eticamente mais baixo. Daí as estranhas noções sobre o jornalista e seu trabalho. Nem todos compreendem que a realização jornalística exige pelo menos tanto `gênio' quanto a realização erudita, especialmente devido à necessidade de produzir imediatamente, e de `encomenda', devido à necessidade de ser eficiente, na verdade, em condições de produção totalmente diferentes".</div><div style="text-align: left;"></div></div>Max Weber, <i>A política como vocação</i><br />
<br />
<br />
"Cães de guarda da sociedade'', "princípio da responsabilidade social'', imprensa como o ``Quarto Poder''. Todas essas expressões estão ligadas ao ideário romântico do jornalismo. De acordo com essas concepções, o jornalista teria um status diferenciado das demais profissões. Ele estaria, por princípio, comprometido com a sociedade - que lhe delega o poder de fiscalizar as instituições em seu nome - e com os valores democráticos. Em seu livro `Elementos do Jornalismo', Bill Kovach e Tom Rosenstiel (2003: 22-23) elaboraram uma lista com nove itens fundamentais para o exercício da profissão e que ilustram bem esse espírito de missão:<br />
A primeira obrigação do jornalismo é a verdade. 2. Sua primeira lealdade é com os cidadãos. 3. Sua essência é a disciplina da verificação. 4. Seus profissionais devem ser independentes dos acontecimentos e das pessoas sobre as que informam. 5. Deve servir como um vigilante independente do poder. 6. Deve outorgar um lugar de respeito às críticas públicas e ao compromisso. 7. Tem de se esforçar para transformar o importante em algo interessante e oportuno. 8. Deve acompanhar as notícias tanto de forma exaustiva como proporcionada. 9. Seus profissionais devem ter direito de exercer o que lhes diz a consciência". <br />
<i>Fábio Henrique Pereira</i><br />
<br />
<br />
<i><span style="font-family: inherit;">"Enquanto começávamos um curso superior, repletos de dúvidas, chega a prática jornalística exigindo, logo de cara, que soubéssemos "o quê?, quando?, onde?, como?, quando? e o por quê?" de tudo nesse mundo, sendo que ainda não tínhamos certeza nem sobre nós mesmos. Depois, aprendemos a ordem dos textos. A pirâmide tem que ser invertida, mas era preciso reverter o nosso rumo e amadurecer de vez! Como nos critérios de noticiabilidade, descobrimos o que é realmente importante, e que, se notícia velha não vende jornal, a vida também seleciona o tempo que as coisas devem durar. Como na melhor das entrevistas ping-pong, fomos preenchendo nossos espaços vazios com respostas que um novo "arcabouço teórico" nos dava. Decidimos criar e moldar nosso próprio perfil, para deixar, pouco a pouco, de ser aquilo que sonharam para nós e nos tornar o que nós queremos realmente ser. Nossa vida ganhou novas manchetes e, ao mesmo tempo, críticas severas. Mas, há outra forma de crescer? Finalmente entendemos a importância de ouvir os dois lados da história, de ser ético e objetivo e de buscar o mito da imparcialidade. Percebemos que um texto, assim como a vida, é feito de detalhes: uma virgula fora do lugar pode fazer toda a diferença, mas que tudo só termina quando for colocado o último ponto final".</span></i><br />
<div style="font-family: inherit;"><br />
</div><div style="font-family: inherit;">Parte do texto de <i><span class="post-labels">Ruleandson do Carmo</span></i></div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-40201642859535176132010-03-25T13:56:00.000-07:002010-03-25T09:56:13.954-07:00Excêntrica<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwxkEmPr7x4x55PqYEyS6NrHcglEPhojzsayrC_pGJaX3MvdXvuT9ZA5uxJMCgoggM-mf-AIxo8IQAOdQ0Olue8e5On8f7D-HPJXnaP7RzU45seJVeBTuryggueV862BVTJCawQVyvbs0/s1600/flor.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="150" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgwxkEmPr7x4x55PqYEyS6NrHcglEPhojzsayrC_pGJaX3MvdXvuT9ZA5uxJMCgoggM-mf-AIxo8IQAOdQ0Olue8e5On8f7D-HPJXnaP7RzU45seJVeBTuryggueV862BVTJCawQVyvbs0/s200/flor.jpg" width="200" /></a>Eu não vim para ser minoria<br />
Andar em apenas uma direção<br />
Seguir os passos já trilhados <br />
Estar sob a visão correta<br />
<br />
Cumprir as etapas que a vida me reserva<br />
É como correr do frio<br />
Permanecer deitada até tarde na segunda-feira<br />
Comer chocolate com morango<br />
Ouvir minha mãe dizer 'Boa Noite'<br />
<br />
Eu não quero viver pra ser modelo<br />
O que é molde nos limita<br />
Não preenche os lugares do novo<br />
O ideal é fazer-se essencial sem perder a essência<br />
<br />
Esta sim faz parte de mim<br />
Transcreve minhas vontades loucas ocultas<br />
Daqueles abraços intensos e verdadeiros<br />
Eu sei que preciso<br />
<br />
A intenção é ser diferente<br />
Sonhar e tirar os pés do chão<br />
Às vezes, faz toda a diferença<br />
<br />
***<br />
<br />
<i>"Olha o que eu não fiz<br />
Mas ainda quero fazer<br />
Muito mais ainda quero dizer<br />
Muito mais<br />
Ainda quero"<i></i></i><br />
<br />
Trecho de <i>'Só quero dizer'</i> Biquini CavadãoFernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-62377854536343092242010-03-23T10:30:00.000-07:002010-03-24T07:05:43.483-07:00Recado<i>"Pra viver e pra ver<br />
Não é preciso muito <br />
Atenção, a lição<br />
Está em cada gesto"</i><br />
<br />
[Trecho de <i>'Simples Desejo'</i>]<br />
<br />
O meu recado eu já deixei ao pé do seu ouvido. Sutilmentente, sem fazer barulho eu me afastei, deixei você pensar no que quis dizer e quis sair pra poder viver o que eu necessitara entender.<br />
<br />
Sem mais dizer eu vivo e me sinto bem por tudo e todos. Ainda tenho a vontade de ser mais de mim e ser feliz sem manter o padrão. Planejar sem sofrer e sorrir sem medidas.<br />
<br />
Recado dado, coração tranquilo.Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-46048074908474771522010-03-03T07:51:00.000-08:002010-03-03T07:51:49.114-08:00Intense"All you have to do is<br />
Close your eyes and just reach out your hands <br />
And touch me, hold me close <br />
Don't ever let me go<br />
<br />
More than words<br />
Is all I ever needed you to show <br />
Then you wouldn't have to say <br />
That you love me 'cause I'd already know"Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-85091321653920853332010-02-26T08:12:00.000-08:002010-02-26T08:15:25.868-08:00A melhor parte de mim<div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC0SHyBnF0yv1ChzHRRCaEqSc05mD2vSYI7yaiEu4gAahhIcG6jP3AWyH7-TVth3JzNeRNXS80wdGAbsiTnF1Fvf1qVdPKg5N7GZmNE9vvvgQRXnk8bKrdbceB_1ZVUZdQf5gHoLdIVGs/s1600-h/m.bmp" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="185" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC0SHyBnF0yv1ChzHRRCaEqSc05mD2vSYI7yaiEu4gAahhIcG6jP3AWyH7-TVth3JzNeRNXS80wdGAbsiTnF1Fvf1qVdPKg5N7GZmNE9vvvgQRXnk8bKrdbceB_1ZVUZdQf5gHoLdIVGs/s200/m.bmp" width="200" /></a></div>As histórias eram sempre as mesmas. A maneira com que eram contadas, mesmo que inúmeras, milhares, cada uma com seu brilho intenso no olhar. Da fração em que são inspiradas minha melhor maneira de ser, discorrem as lembranças boas, vivas, verdadeiras.</div><div></div><br />
<div>De todas as vezes, ela estava ali, do meu lado, como agora. A ideia de escrever para ela já está presente no meu coração há um bom tempo, mas as consequências dos instantes dos dias me impediram de colocar em palavras o sentimento que compõe, em mim a melhor parte.<br />
<br />
Do amor, o mais verdadeiro. Do beijo, o mais sincero. Das brigas, as maiores lições. Do mal, o bem. São conclusões de uma vida inteira juntas. Lembranças de uma infância tranquila na Vila em Lorena. Das mãos seguras que seguravam as minhas, ainda pequenas, e me encaminhavam para a escola municipal no bairro vizinho. Valores que agreguei ao presenciar sua ríspidez e docilidade, a qual um dia acreditei não possuir,</div>ainda assim ela estava do meu lado.<br />
<br />
Mesmo pelos traços que não nos classificam semelhantes vejo na essência os valores que se encontram. Por ti decidi ser melhor. Segui meus próprios passos. Fiz amigos. Conquistei. Encantei, desfiz. Apaixonei, desencantei. Cai e levantei. E ela? Dela não quis a mão, por muito tempo. Ignorância da fase adolescente encrenqueira, mesmo sem nunca ter me metido em nenhuma confusão. Fugia disso.<br />
<br />
Hoje as mãos cresceram. Já não posso mais sentir a proteção em seus dedos que traçam marcas de vida. Mesmo assim consigo ver sua singularidade diante do mundo, pela certeza que tenho que ainda vai estar comigo quando eu não possuir mais nada, quando eu de seu colo necessitar tanto, como há tão pouco tempo. Por mim ela se desfez. Agiu como eu não esperava e me apoiou quando mais precisava.<br />
<br />
Inspirada no amor de uma vida dedico à ela o amor que sinto por meio do dom que me ajudou a descobrir. Não só por amanhã (27), comemorar mais um ano de vida, mas por representar pra mim o único amor capaz de ser verdadeiro e eterno, embora acredite em amores comuns, o meu por ela é sem limites e incondicional. O único capaz de jamais correr o risco de desapaixonar.<br />
<br />
Mãe, dona do amor mais puro que pulsa em mim. Felicidades e dedicações eternas. Feliz Aniversário!..<br />
<div></div><div></div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-43619505054322433902010-02-11T11:49:00.000-08:002010-02-11T05:43:43.463-08:00A peçaEle sempre me prega peças, mas a de hoje permaneço sem compreensão, apenas sinto o tocar suave das mãos que levemente se esbarraram e mentalizo a sensação dele pulsando intensamente dentro de mim após o beijo surpreso no rosto.<br />
<br />
Inerte, permaneci enquanto o furação de emoções ao redor de mim o acalmava e eu poderia continuar a vida de instantes comuns. Sem movimento, sem reação. Diante do silêncio que priorizo preferia não calar e dividir os acontecimentos.<br />
<br />
A interrupção dos sentimentos corretos surpreendia e era bom por certo momento. Fui alvo das chacotas dele mais uma vez, mas de uma maneira estranha e completamente surpresa.<br />
<br />
Enfim era manhã, era sonho, e o mundo ainda à via pela frente. Nenhuma emoção poderia determinar o dia que ainda estava por começar e desejar a vida e os sorrisos que tanto faziam falta, quando via o sonho ficando para trás.Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-82567783827963314182010-02-01T11:45:00.000-08:002010-02-01T05:53:52.077-08:00Poesia de SaronDesde a primeira vez que ouvi sempre fui muito admiradora do novo CD da banda católica Rosa de Saron, e neste post, em especial, da canção 'Velhos Outonos'. Por se tratar de pura e real poesia, o texto ainda permanece com um caráter reflexivo e digno das músicas boas que admiro. Vale à pena ouvir e ler.<br /><br /><div><div>**</div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXR8iI4-NmEa6K7e-WUk6paAQGE0NDKMAP7Fgruajs8w5-_A_439T7wHxoF_JqcIVlrAuEeauSLVYOPsbBwZL7W94l6_1gWo9KJaZ_-abYpLuUldeV0VKgTSfpez-ILiHryoOHtjKEmt0/s1600-h/rosa+-+saron2.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5433272727872910898" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 145px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXR8iI4-NmEa6K7e-WUk6paAQGE0NDKMAP7Fgruajs8w5-_A_439T7wHxoF_JqcIVlrAuEeauSLVYOPsbBwZL7W94l6_1gWo9KJaZ_-abYpLuUldeV0VKgTSfpez-ILiHryoOHtjKEmt0/s200/rosa+-+saron2.jpg" border="0" /></a><em>Os dias passam, passam as horas</em><br /><em>Tocando temas com um piano desafinado</em><br /><em>Mais ou menos errado, mais ou menos parado</em><br /><em>Sem sentido, um pouco ignorado</em><br /><br /><div><em>Gritos ecoam, selam memórias, marcam</em><br /><em>Deus ainda chora, sempre rimos e o mundo esquece</em><br /><em>O tempo da última prece</em><br /><em>E ninguém aquece, ninguém acontece</em> </div><br /><div><em>Você sente na pele</em><br /><em>Os dias estão frios, as noites estão quentes</em><br /><em>Caminham num labirinto de vento</em><br /><em>Vestindo pouco a pouco o esquecimento</em> </div><br /><div><em>Somos o que fazemos para mudar o que fomos</em><br /><em>Mas se nada somos, virão apenas velhos outonos </em><br /><em></em><br /><em>Uma lágrima no chão reagiu minha lentidão</em><br /><em>Tocou meu coração, fiz o que precisava</em> </div><br /><div><em>Ele chorava e eu perguntava</em><br /><em>É comida? É uma casa?</em><br /><em>Mal a noite caía, ele dizia</em> </div><br /><div><em>"Se quiser fazer algo por mim</em><br /><em>Faça um verso sereno</em><br /><em>E que ele me leve</em><br /><em>Não somente ate o céu, mas perto das estrelas"</em><br /><em></em><br /><em>Somos o que fazemos para mudar o que fomos</em><br /><em></em><br /><em>Trecho de 'Velhos Outonos' por Guilherme de Sá </em></div></div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-33000942459644115122010-01-26T12:46:00.000-08:002010-02-10T04:46:48.052-08:00Às vezes não sabePassando pelos vídeos do Youtube, me chamou a atenção a letra da canção <span style="font-style: italic;">"O amor não sabe esperar"</span> entoada por Marisa Monte e o Paralamas.<br />
<br />
Na mesma hora estava planejando um novo post para o blog e aí me veio a idéia de postar a letra. A identificação, talvez ainda oculta para alguns, ficou clara ao meu coração que às vezes não sabe esperar e ainda não sei por quê.<br />
<br />
***<br />
<br />
<div style="font-style: italic;">Sopra leve o vento leste<br />
E encrespa o mar<br />
Eu ainda te espero chegar</div><div style="font-style: italic;">Vem a noite<br />
Cai seu manto escuro devagar<br />
Eu ainda te espero chegar</div><div style="font-style: italic;">Não telefone, não mande carta<br />
Não mande alguém me avisar<br />
Não vá pra longe, não me desaponte<br />
O amor não sabe esperar</div><div style="font-style: italic;">Ficar só é a própria escravidão<br />
Ver você é ver na escuridão<br />
E quando o sol sair<br />
Pode te trazer pra mim</div><div style="font-style: italic;">Abro a porta, enfeito a casa<br />
Deixo a luz entrar<br />
Eu ainda te espero chegar</div><div style="font-style: italic;">Escrevo versos<br />
Rosas e incenso para perfumar<br />
Eu ainda te espero chegar</div><span style="font-style: italic;">Estar só é a própria escravidão</span><br />
<span style="font-style: italic;"> Ver você é ver na escuridão</span><br />
<span style="font-style: italic;"> E quando o sol sair</span><br />
<span style="font-style: italic;"> Tudo vai brilhar pra mim</span><br />
<span style="font-style: italic;"><br />
</span><br />
<span style="font-style: italic;"><a href="http://www.youtube.com/watch?v=jO9k19tGOPU&feature=related">http://www.youtube.com/watch?v=jO9k19tGOPU&feature=related</a><br />
</span>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-92099562477040342842010-01-11T12:28:00.000-08:002010-01-11T06:43:09.070-08:00Verdades<div align="left"><em><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy1L5gYv9PxxJoLSbui-K8Wtzm0UR7HS56xOG0fTgUEBl9avV7YbhW6DxuaHFXpRwGPj64GbhBG5RKCDhNS-qSoWWyHJsmHD9yYYLpvG9C6ppRfl4-xUsXBWQigu_9NvwEOEvBRULp5PM/s1600-h/amor+meu+grande+amor.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5425491980060195458" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 198px; CURSOR: hand; HEIGHT: 200px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhy1L5gYv9PxxJoLSbui-K8Wtzm0UR7HS56xOG0fTgUEBl9avV7YbhW6DxuaHFXpRwGPj64GbhBG5RKCDhNS-qSoWWyHJsmHD9yYYLpvG9C6ppRfl4-xUsXBWQigu_9NvwEOEvBRULp5PM/s200/amor+meu+grande+amor.jpg" border="0" /></a>"Todos nós temos algo que nos inspira</em><br /><em>Pelo menos nós inspiramos um ao outro</em><br /><em>Se eu me transformar em outro, cave e me resgate daquilo que está cobrindo a melhor parte de mim</em><br /><em>Cantando essa canção, lembre-me de que nós sempre teremos um ao outro quando todo o resto tiver acabado"</em><br /><em></em></div><div align="left"><em></em> </div><div align="left"><em>[Trecho de 'Dig' - Incubus]</em><br /></div><div align="left"><em>***</em><br /><em></em><br />Jamais pensei no recomeço do fim. Na verdade, das vezes que era questionada sobre a possibilidade de tudo voltar a ser como era, preferia esquecer e me dedicar às verdades concretas. Do fim, o recomeço, a nova chance para que tudo brilhe e intensifique a vontade oculta de viver e esbravejar o melhor dos sentimentos.<br /><br />A partir daquele momento o sorriso disse o Sim que os lábios não se propuseram a pronunciar. O olhar tornou-se vivo, por meio do brilho que se via. A mente confusa trazia à tona o medo. O coração porém não podia se conter diante do presente que Deus reservara.<br /><br />O sonho de dias melhores, as dores, os sofrimentos não mais arrancavam as linhas que desejara escrever. Sem mais se via inspirada a convencer o mundo a crer nas verdades que preenchiam sua essência. E nesta se completavam, um ao outro, mesmo que todo o resto estivesse por acabar.<br /><br />Tinha o sorriso, tinha fé, tinha de volta a inspiração necessária para que a vida possuisse as formas angelicais de seus olhos singelos e doces. Nestes descorriam as verdades mais ocultas do coração puro e da mente confusa que a conquistara.<br /><br />A parte estava viva, por tudo o que desejara e jamais imaginara. Via o recomeço no fim que desejou fazer parte da canção que traduziam de fato os mistérios de seus dias mais amenos.</div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-55860001125163850912009-12-07T13:02:00.000-08:002009-12-07T07:02:15.421-08:00Começo, meio e fim.<div align="center">Sem vontade de escrever olhava para as mãos sem pressa de deslizar os dedos sobre o teclado velho do trabalho. Parava a cada minuto sem inspiração e analisava as unhas que fizera. Perdeu certo tempo refletindo sobre o que escreveria e apagando as muitas linhas que não a deixavam satisfeita. Tinha a eterna mania de querer que tudo estivesse correto. Queria corrigir tudo, inclusive a vida. No decorrer dos pensamentos que se transformavam em palavras de maneira veloz e despercebida, a vida corria para rumos desconhecidos em que não se acostumara. </div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">Inquieta ainda parava para observar a sala grande e arejada do trabalho sobre o olhar atento dos colegas entretidos no que faziam. Às vezes se contentava em alguma conversa com um deles ou abria um largo sorriso quando algo lhe parecia engraçado. Por dentro não desejava aquilo. Naquele ambiente que circulavam muitas pessoas às vezes se sentia sozinha. Ninguém ali a podia compreender em sua essência. Tudo parecia superficial e a encomodava por completo.</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">Sentia falta dos amigos. Em alguns momentos via-se pensando no final de semana repleto de alegrias que teve a oportunidade de viver. Celebrou a união de dois seres que amava, recebeu o sorriso que esperou durante 15 meses, respirou aliviada, dançou intensamente, fez piada, riu da vida, ganhou uma rosa e dormiu por cansaço. Procurava não pensar nas tristezas que teve nesse meio termo. Não queria escrever sobre elas e sim guardá-las junto aos outros momentos no baú que prometeu à quem foi razão de tudo.</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">Esperava ser surpreendida e não se via errada ao pensar que tinha o direito de sê-lo. Anciosa olhava para os sapatos limpos e para o papel e a caneta abandonados sobre a mesa. Por alguns instantes perdia o olhar sobre aquilo que parecia tão passageiro e injusto. Buscava receber ligações de quem a fazia sorrir e tinha vontade de gritar por ser impedida de viver o que planejara para a noite de segunda-feira. Necessitava correr, sumir, viver.</div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center"></div><div align="center">Parecia que nada estava tão bom quanto ela realmente gostaria, mas se conformava com o que tinha. Buscava não questionar e lutar sempre por razões que poderiam superar as dores. Naquela manhã bocejara muitas vezes em razão do sono que trocara pela conversa até de madrugada com o primo-irmão. Juntava os dedos para refletir melhor sobre as palavras que escolhia com cuidado para expressar livremente. Gostava disso. Se sentia melhor quando escrevia e demonstrava, de algum modo, a rotina que preenchia seus dias de instantes comuns. Pensava no mistério, no que lhe era prometido por Deus. Nas palavras não via fim, mas quando percebeu que já era hora, foi colocando vírgulas, diminuindo rítmo e demarcando a história com um legítimo ponto final.</div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-18621880691284979102009-12-03T07:50:00.000-08:002009-12-04T04:30:07.147-08:00Em que acreditarSimplesmente me apaixonei pelas belas palavras abaixo. Sobre as verdades que ainda busco encontrar percebo em meio a pura poesia, os detalhes que Deus necessita de minha compreensão divina. Estranho aceitar o conflito repentinamente proposto pelo coração e pela mente já cansados de tudo. Quando já desistia de acreditar, ainda vejo uma luz ao fim dos sonhos esquecidos.<br />...<br /><br /><em>"É estranho e difícil te dizer que está tudo bem</em><br /><em>Se há alguma coisa então venha entender</em><br /><em>O quanto só você pode dar um simples passo de cada vez!</em><br /><em>O sol da meia-noite aqui existe</em><br /><em>Você pense, pare e veja que o amor resiste.</em><br /><em>Olhe, prova, sente, toca</em><br /><br /><em><strong>É Deus que te faz entender toda poesia</strong><br /><strong>Que torna mais valiosa a vida e prova </strong><br /><strong>que ainda dá pra ser feliz.</strong><br /><strong>Apenas atenda quem chama!</strong></em><br /><em></em><br /><em>E perceba que só Ele pode compreender o seu interior,</em><br /><em>E as suas dores afastar, o seu sonho realizar, </em><br /><em>a sua vida transformar.</em><br /><em>Basta que você entenda.</em><br /><em></em><br /><em>Que é Deus que te faz entender toda poesia</em><br /><em>E torna mais valiosa a vida e prova que ainda dá pra ser feliz</em><br /><em>Apenas atenda quem chama.</em><br /><em>E peça que nessa noite Ele te toque,</em><br /><em>Cure todas as suas feridas e vele o sono</em><br /><em>E espere acordar.</em><br /><em>Amanhã será um novo dia."</em><br /><em></em><br /><br />Trecho de 'O Sol Da Meia-noite' - Rosa de SaronFernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-34633768642818039562009-11-17T12:50:00.000-08:002009-11-17T06:51:09.557-08:00Ser simples<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgAcGpQd1Lds-YRacNqfMXHJ3QuaBDuR1fwYE70SNRSVK71S6HAprHyJqeIDsmWui1JQKGz22NYMLP2RffJOxo4bWheckwR2kXHFlvVi3n2Myokqa-c9ghBlihvQZAy8SwBnd2efROC7Q/s1600/filipe.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5405084667382316834" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgAcGpQd1Lds-YRacNqfMXHJ3QuaBDuR1fwYE70SNRSVK71S6HAprHyJqeIDsmWui1JQKGz22NYMLP2RffJOxo4bWheckwR2kXHFlvVi3n2Myokqa-c9ghBlihvQZAy8SwBnd2efROC7Q/s200/filipe.jpg" border="0" /></a> <em>Intrigante, preciso, incerto, incoerente. Realidade desconcertante, inevitável. Difícil entender quando a cabeça e o coração expressam verdades distintas aos olhos. A falta de certeza e a confusão das idéias claras que tinha a desconcertavam por inteira.</em><br /><em></em><br /><em>Das palpitações, sorrisos e lembranças de tudo que analisara com seu olhar de mistério puro, possuia lembranças que a faziam refletir sobre o que a faz bem, ou no bem que descobriu essencial. Pensamentos e emoções já não apresentavam plena distinção. Se via, mas não se descobria.</em><br /><em><br /></em><em>Procurava não pensar e sem perceber já se via mergulhada na incerteza que a consumia. Sobre o que não compreendia buscava explicações divinas. Entregara tudo a quem poderia responder a ela os motivos que a faziam sorrir diante da simplicidade que se via.</em><br /><em><br /></em><em>Aos olhos nada e tudo, somente o essencial. Pelo simples e pelo belo continuava por optar pelo que de fato fosse verdadeiro e a fizesse repousar tranquila. E permaneceu no mistério de seus dias, que a faziam bem e preferia que não houvesse fim.</em>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-90526913534522373692009-11-06T12:24:00.000-08:002009-11-06T06:26:52.412-08:00'Para todo o mal, a cura'<img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5400994759162330866" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 183px; CURSOR: hand; HEIGHT: 186px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja-l_DJYceS8d1JLTxGD-7irjUlvHNZYE0ULIndnLKKdIjG8eZvw2NFTlMEctrPinKu-akIQeL_NCSypoNmZtcioZ23OdklpbmB0lCIRIc4JVElKQKwejYqwOvF3FhAjYOP_fSPBTBiR4/s200/coracao2tf.jpg" border="0" />A vida nunca esteve tão corrida quanto o que vivera nas últimas semanas. A casa nunca permanecera tão cheia nos finais de semana que a fazem sorrir. Sobre as alegrias que não passam, ela as tinha vivido, e no coração já palpitava a intensidade de novas emoções.<br /><br /><div>Com carinho se lembra do dia em que abriu um sorriso largo depois de toda a tristeza que passou por seu caminho. Sem entender muito bem, pôde comprovar que estava melhor. Tão bom o sentimento de estar feliz sem motivo, de sem querer se pegar sorrindo, quando o por quê ainda não descobriu.</div><br /><div></div><div>Sentiu o amadurecimento de tudo que viveu na prática de seus dias, que por alguns instantes, deixaram de ser corriqueiros e medíocres. Podia sorrir e receber sorrisos gratuitos e não se preocupar com as dores do coração cansado e persistente. Recebera com amor a missão mais uma vez, e se entregara para o que seu Bem verdadeiro reservou para aquela pobre mortal. Ela já estava nas mãos D' Ele.</div><br /><div></div><div>Descobriu que viver vale muito à pena e que de fato, tudo passa e permanece por passar. Anciosa ainda espera passar por tudo, por completo. No lugar onde as dores deram lugar aos sorrisos, ela escondeu a pressa. Antes de tudo necessitava esperar por o que ainda possuia de bom para viver.</div><br /><div></div><div>A certeza do amor não lhe faz falta quando descobriu que a metade não completa nada. Que o que realmente vale estará com ela, quando mais precisar e assim necessitar permanecer. Quando os sorrisos estiverem por acabar ela retornará e saberá como respirar, tranquila.</div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-20146769343240784582009-10-16T13:56:00.000-07:002009-10-16T09:59:59.599-07:00Resumindo..Como todas as manhãs acordei com a vontade de ter dormido mais. Fui para o banho e em seguida, ao pãozinho com café de sempre. Na cozinha, o curioso. Minha mãe surpreendeu a todos com o rádio ligado. Mas logo de manhã? - pensei. Em minutos fui entender que Deus não tem hora, nem lugar para tocar nosso coração e nos fazer seres melhores.<br />A música resumia o que se passava no coração já cansado das dores que me cercam. Na melodia e na voz calma que se ouvia, Deus gritava ordens mansas para o consolo que eu precisava. A letra decidi postar e compartilhar o que Ele quer de mim daqui para frente, em resumo.<br /><br />**<br /><br /><em>"Deixa partir</em><br /><em>O que não te pertence mais</em><br /><em>Deixa seguir o que não poderá voltar</em><br /><em>Abra a porta do quarto e a janela</em><br /><em>Que o possível da vida te espera</em><br /><em>Vem depressa que a vida precisa continuar</em><br /><em>O que foi já não serve é passado</em><br /><em>E o futuro ainda está do outro lado</em><br /><em>E o presente é o presente que o tempo quer te entregar</em><br /><em></em><br /><em>Fala pra mim</em><br /><em>Se achares que posso ouvir</em><br /><em>Chora ao teu Deus se não podes compreender</em><br /><em>Rasga este véu do calvário que te envolveu</em><br /><em>Tão sublime segredo se esconde</em><br /><em>Nesta dor que escurece o horizonte</em><br /><em>Que por hora impedem os teus olhos de contemplarem </em><br /><em>O eterno presente do tempo </em><br /><em>O ausente o presente em segredo </em><br /><em>Na sagrada saudade que deixa continuar</em><br /><em></em><br /><em>Não queiras ter o que ainda não pode ser </em><br /><em>É possível crescer nesta hora </em><br /><em>Mesmo quando o que amamos foi embora </em><br /><em>Com o tempo esta dor se aquieta </em><br /><em>Se transforma em silencio que espera </em><br /><em>Pelos braços da vida um dia reencontrar".</em><br /><br />Trecho de<em> Perdas necessárias</em> - Padre Fábio de MeloFernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-61734157794685184232009-10-13T13:25:00.000-07:002009-10-14T05:43:33.695-07:00E prosseguir em Te conhecer<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0T7rPUeOXAsGWWuMl5mdaVOGxYe6U8WDJrbUCcHZ9yc5ne68BQEy6DdgA76KF20TutFC5I0hBTylWV-SNAoX7h0E1dRUYOXmRgnsu-VTBqSsdVGAqBhWete_Zp4JyoDrdD5uHWbAx3Cw/s1600-h/PG.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5392433461806738946" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 320px; CURSOR: hand; HEIGHT: 228px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh0T7rPUeOXAsGWWuMl5mdaVOGxYe6U8WDJrbUCcHZ9yc5ne68BQEy6DdgA76KF20TutFC5I0hBTylWV-SNAoX7h0E1dRUYOXmRgnsu-VTBqSsdVGAqBhWete_Zp4JyoDrdD5uHWbAx3Cw/s320/PG.jpg" border="0" /></a> <span style="font-family:trebuchet ms;">Só então entendi o que Deus tem pra mim. Neste tempo que me coloquei à serviço Dele nas Aldeias de Vida, eu não esperava que iria me apaixonar de tal modo que não pudesse mais seguir em frente sem fazer parte deste mundo. </span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Há 13 meses permaneço ao lado da família que Deus me permitiu escolher. Os tesouros que conquistei e que me têm dado força para nunca desistir do amor que brota em mim e que pode ser usado para o bem, para o próximo. Só aqui descobri que o caminho que me faz prosseguir é duro e difícil de ser trilhado. Nos Pequenos Gestos tudo começou com a alegria necessária para que o amor nascesse em meio ao meu coração ainda tímido e inseguro. Os amigos verdadeiros, as lições de vida, testemunhos, encenações, acolhidas, partilhas, as músicas que tocam o coração e a alma. Aí decidi prosseguir.</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;">Sobre esta família, que como qualquer outra possui inúmeros defeitos e imperfeições que fazem o coração de Deus sangrar, o amor e a necessidade de estar perto se fazem maiores. Definição que pude constatar após enfrentar as nuvens escuras que resolveram pairar sobre a minha vida, mas que têm me ensinado a crescer. Neste tempo Jesus me mostrou várias coisas a serem corrigidas, me ajuda a caminhar e nos momentos de fraqueza, me carrega em seus braços.</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;">A decisão de prosseguir me fez descobrir meu valor, minha capacidade de amadurecer na fé e nas escolhas de tudo que é essencial e o que é apêgo, passageiro. Descobri a importância de um abraço, de ouvir alguém, de estar do lado, de simplesmente presentiar uma pessoa com um olhar de amor. Características que me mantém de pé, ainda que o coração esteja despedaçado e fraco, experiências que me fazem ser melhor a cada dia. </span><span style="font-family:Trebuchet MS;">Aqui permaneço por opção, amor e vocação.</span><br /><span style="font-family:Trebuchet MS;">Preciosos são os momentos que aqui vivi e que Deus me permitir ainda viver. Enquanto eu respirar o ar da Paz verdadeira, sem medidas, continuarei por amar e viver para o que de fato vale à pena. </span>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-60398123113384127502009-10-06T12:53:00.000-07:002009-10-06T08:53:13.575-07:00Questão<em><span style="font-family:trebuchet ms;">"Por que que existem as canções que ninguém quer cantar?</span></em><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?</span></em><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Por que que aquele que você quer também já tem sempre ao teu lado outro alguém?</span></em><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;">Por que que eu gasto tempo sempre sempre a perguntar? (A perguntar)"</span></em><br /><span style="font-family:trebuchet ms;"></span><br /><em><span style="font-family:trebuchet ms;"><strong>Gospel</strong>, de Raul Seixas</span></em><br /><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Um dia um amigo me mandou este trecho da música censurada do lendário Raul Seixas. Por que a censura? Seria mais um questionamento. Infelizmente não tenho esse direito. A questão existe para que pobres mortais, como eu, aceitem e tolerem.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">A história é que na época que fui apresentada a este trecho (talvez dois meses atrás), não fazia ideia que estes questionamentos pudessem estar tão presentes em minha mente quanto nos dias de hoje, em que me vejo sem resposta à muitas perguntas.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">A verdade é que eu ainda não aprendi a conviver com a realidade dos últimos tempos. Por quê? Fica a dúvida.</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">E eu bem sei que o tempo gasto a questionar poderia ser preenchido com outras ocupações que me fariam bem, e até impulsionariam novas emoções. O fato de ser feliz me tem dado muito trabalho ultimamente. Por que?</span><br /><span style="font-family:trebuchet ms;">Aceite e sobreviverás. Morrer não vou. Sofrer é enfrentar as consequências ainda que demorem a passar. Enquanto isso as inspirações virão aos poucos e os "porques" serão levados para longe, no momento em que a solidão ceder lugar a esperança e eu, enfim, não perder mais tempo a perguntar. </span>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-72197650868207457962009-09-28T07:35:00.000-07:002009-09-28T09:41:37.387-07:00À porta<div style="text-align: center; font-style: italic;"><div style="text-align: left;"><span style="font-size:100%;">Ainda em completo aprendizado vivo sem compreender os últimos acontecimentos que me levaram à uma tristeza que ainda parece não ter fim. Pior do que minhas feridas expostas, meu coração, pode se dizer assim, foi dilacerado e jogado às traças. Por instantes não senti o chão e sim a dor que nunca havia passado em minha cabeça, muitos menos ao coração. Pensei no que iria fazer, onde ir, com quem falar. Desespero puro, transparente. A porta estava aberta e marcada pelos passos recentes que acabam por sair da minha vida. Não havia o que fazer. A compreensão apenas busco na força que me vem de Deus, e só. A aceitação é Divina e necessária, conforto para o coração despedaçado que existe nas coisas simples que, graças a Deus, arrancam os sorrisos que se tornaram escondidos em mim, como as palavras de </span><span style="font-size:100%;">Shakespeare. A inspiração ainda não sei quando vou tê-la novamente, só enquanto a dor passar e eu possa ver o sol com a esperança de ainda ser feliz</span><span>.</span><span style="font-style: italic;"><br /></span></div>**<br /><br />O Menestrel<br /><br />"Depois de algum tempo você aprende a diferença, a sutil diferença entre dar a mão e acorrentar uma alma. E você aprende que amar não significa apoiar-se. E que companhia nem sempre significa segurança. Começa a aprender que beijos não são contratos e que presentes não são promessas.<br />Começa a aceitar suas derrotas com a cabeça erguida e olhos adiante, com a graça de um adulto e não com a tristeza de uma criança.<br />Aprende a construir todas as suas estradas no hoje, porque o terreno do amanhã é incerto demais para os planos, e o futuro tem o costume de cair em meio ao vão.<br />Depois de um tempo você aprende que o sol queima se ficar exposto por muito tempo.<br />E aprende que, não importa o quanto você se importe, algumas pessoas simplesmente não se importam… E aceita que não importa quão boa seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso. Aprende que falar pode aliviar dores emocionais.<br />Descobre que se leva anos para construir confiança e apenas segundos para destruí-la…<br />E que você pode fazer coisas em um instante das quais se arrependerá pelo resto da vida. Aprende que verdadeiras amizades continuam a crescer mesmo a longas distâncias.<br />E o que importa não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida.<br />E que bons amigos são a família que nos permitiram escolher.<br />Aprende que não temos de mudar de amigos se compreendemos que os amigos mudam…<br />Percebe que seu melhor amigo e você podem fazer qualquer coisa, ou nada, e terem bons momentos juntos. Descobre que as pessoas com quem você mais se importa na vida são tomadas de você muito depressa… por isso sempre devemos deixar as pessoas que amamos com palavras amorosas; pode ser a última vez que as vejamos. Aprende que as circunstâncias e os ambientes têm influência sobre nós, mas nós somos responsáveis por nós mesmos. Começa a aprender que não se deve comparar com os outros, mas com o melhor que pode ser.<br />Descobre que se leva muito tempo para se tornar a pessoa que quer ser, e que o tempo é curto.<br />Aprende que não importa onde já chegou, mas para onde está indo… mas, se você não sabe para onde está indo, qualquer caminho serve.<br />Aprende que, ou você controla seus atos, ou eles o controlarão… e que ser flexível não significa ser fraco, ou não ter personalidade, pois não importa quão delicada e frágil seja uma situação, sempre existem, pelo menos, dois lados. Aprende que heróis são pessoas que fizeram o que era necessário fazer, enfrentando as conseqüências. Aprende que paciência requer muita prática.<br />Descobre que algumas vezes a pessoa que você espera que o chute quando você cai é uma das poucas que o ajudam a levantar-se. Aprende que maturidade tem mais a ver com os tipos de experiência que se teve e o que você aprendeu com elas do que com quantos aniversários você celebrou. Aprende que há mais dos seus pais em você do que você supunha.<br />Aprende que nunca se deve dizer a uma criança que sonhos são bobagens…<br />Poucas coisas são tão humilhantes e seria uma tragédia se ela acreditasse nisso.<br />Aprende que quando está com raiva tem o direito de estar com raiva, mas isso não te dá o direito de ser cruel. Descobre que só porque alguém não o ama do jeito que você quer que ame não significa que esse alguém não o ama com tudo o que pode, pois existem pessoas que nos amam, mas simplesmente não sabem como demonstrar ou viver isso.<br />Aprende que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém…<br />Algumas vezes você tem de aprender a perdoar a si mesmo.<br />Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado.<br />Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi partido, o mundo não pára para que você o conserte. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar.<br />Portanto, plante seu jardim e decore sua alma, em vez de esperar que alguém lhe traga flores.<br />E você aprende que realmente pode suportar… que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida! Nossas dúvidas são traidoras e nos fazem perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar."<br /></div> <span style="font-style: italic;">William Shakespeare </span>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-25647748038952066042009-09-02T13:49:00.000-07:002009-09-03T06:12:28.241-07:00Se permitir<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv6-WuF4aAK47EJVENVaGceyJKrg26ijqWciHMapFINIjpClu_4_0g3hRmi6gRXuadtD9h8myowCPFc6Gtof4cm1ASWWrmgs-h-z2CzmMTmEm8rfZpKONOJSH2BU0owRiUdXNbfOrbxIQ/s1600-h/g.gif"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376911987618653938" style="FLOAT: left; MARGIN: 0px 10px 10px 0px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiv6-WuF4aAK47EJVENVaGceyJKrg26ijqWciHMapFINIjpClu_4_0g3hRmi6gRXuadtD9h8myowCPFc6Gtof4cm1ASWWrmgs-h-z2CzmMTmEm8rfZpKONOJSH2BU0owRiUdXNbfOrbxIQ/s200/g.gif" border="0" /></a> Naquele dia o telefone não tocou. Do silêncio que ecoava da alma podiam se ouvir as batidas do coração cansado, ansioso por esperar. A resposta veio por outro som.<br /><br /><div></div><div>A partir daí o sorriso guardado deu lugar às lágrimas, que por alguns instantes, tocaram o chão da Capela. A esperança se desfez por completo ao ser preenchida pela certeza que se temia. Por um segundo ouviu-se <strong>Não</strong> mais uma vez.</div><br /><div></div><div>A sensação era amarga, cruel, destruidora dos sonhos almejados, dos planos já feitos e das vidas que poderiam ser salvas por meio daquela nova chance. As feridas estavam abertas mais uma vez.</div><br /><div></div><div>As mãos já não mais se viam trêmulas, estavam imóveis e podiam enfim respirar. Na pele o ar impuro trazia a falta da esperança, que manteve o coração frio. No pensamento idéias de fracasso vieram à tona, como um martírio para a mente que as queria esquecer.</div><br /><div></div><div>Pensava no que ficou, no que por algum tempo foi, e em instantes deixou de ser, e permitiu-se abandonar na tristeza consequente do momento. Esqueceu-se das Promessas, na confiança contida em um Deus capaz de tudo.</div><div></div><br /><div>Em meio às nuvens escuras, Ele se fez presente na Paz vinda do Anjo que a proteje na Terra. Acalmando as dores, cicatrizando as feridas ele manteve-se ao lado no momento certo. A confiança trouxe a certeza de brisas de paz que ainda virão e se farão permanecer por doces momentos. </div><div></div><br /><div>A certeza era dura, mas aceita sobre sua fé inquietante. Por dentro se permitia sonhar sem tirar os pés do chão. Agradecia às poucas pessoas com quem dividiu a certeza momentânea e decidiu esquecer. Pensava no que fosse bom para si, simplesmente por permitir a espera do momento certo, que ainda há de vir.</div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7344702441135790703.post-32701849783023527082009-08-31T11:41:00.000-07:002009-08-31T07:41:25.490-07:00Se então for meu<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieK_FvTP_ge7cgkjhVCUV5PL18d7JaocTMTeGrPGNS0c7xMkQ02NdHvCQhfCuF-jjlixvPSuy-R2h-sYXrMwNbAtpHBfIQPQJ-Tf11lEv5O4JDPjNe7AnQz2iG9YBjxhU3BOHF_c_-MZA/s1600-h/f.jpg"><img id="BLOGGER_PHOTO_ID_5376137212529353026" style="FLOAT: right; MARGIN: 0px 0px 10px 10px; WIDTH: 200px; CURSOR: hand; HEIGHT: 150px" alt="" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieK_FvTP_ge7cgkjhVCUV5PL18d7JaocTMTeGrPGNS0c7xMkQ02NdHvCQhfCuF-jjlixvPSuy-R2h-sYXrMwNbAtpHBfIQPQJ-Tf11lEv5O4JDPjNe7AnQz2iG9YBjxhU3BOHF_c_-MZA/s200/f.jpg" border="0" /></a>Eu nunca acreditei em sorte. A vida e as oportunidades que me eram confiadas foram sempre vindas de Deus e de Seus designos pra mim. Do momento em que me vi a esperar por Suas obras, por vezes não ocultei minha insatisfação. As demoras que me corroem a alma, entristecem, desesperam.<br /><div></div><br /><div>Este histórico de espera amarga é resultado das muitas derrotas que tive na vida, onde nada foi fácil. Muitas vezes tive meus pontos fracos expostos como feridas não cicatrizadas. A partir daí o medo, as pernas trêmulas, as mãos frias e o coração saltitante passaram a fazer parte de mim sempre quando estou prestes a receber a resposta de algo importante.</div><br /><div></div><div>E o telefone que não toca? Percebi que a cada três minutos permanecia por quase 40 segundos imóvel a olhar para o celular. Nessa altura do campeonato os dedos ardiam do "estalar" estridente e as unhas já não mais existiam, pois tinham sido devoradas pela ansiedade do momento. A espera me consumia, me consome.</div><br /><div></div><div>Aos poucos a fraqueza em esperar extinguiram minha confiança. Às vezes me via sozinha, cansada, despreparada para receber um "Não" consequente da vida. Só então percebo a riqueza de confiar nas promessas de Deus pra mim, pois Sua vontade é maior do que eu possa querer. A virtude de esperar pelo que for meu me fortalece frente às tristezas da vida. Se hoje sou fraca é aí que sou forte, e Deus então decidirá o que tiver que ser meu.</div>Fernanda Ribeirohttp://www.blogger.com/profile/03645994117801888826noreply@blogger.com2