terça-feira, 9 de junho de 2009

Aula de Português

Por meio de uma longa conversa com minha professora de Português, Neide Arruda, confirmei minha paixão por crônicas. Foi ela que me apresentou o grande Luis Fernando Veríssimo, Fernando Sabino, entre tantos outros. Me emprestou um livro muito bom pra quem é interessado no ramo, "Crônica: a arte do útil e do fútil" de Wellington Pereira. Depois de umas duas semana, não me recordo exatamente, estava ela aplicando uma prova e eis que o tema era: uma crônica sobre sua rotina envolvendo o Jornalismo. Não sei se foi coincidência, ou a Neide estava me ajudando a produzir mais. Não sei. Uma semana depois recebi a prova e alguns elogios que me renderam muito e nada. Vi que sou capaz, mas nada posso dizer a meu respeito, pois escrever bem, segundo o grande Ricardo Noblat em "A arte de fazer um jornal diário"(particularmente uma leitura ótima que merece um post aqui em breve), não é mérito para nenhum jornalista, pois este deve saber fazê-lo. Voltando à crônica, posto neste espaço o texto que fiz.
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Uma vida agitada: 24 horas de jornalismo


Sempre refleti sobre como descrever meus dias. Guardar no papel ideias que passam sobre esta mente sempre e nunca ocupada.

Durante muito tempo pensei no que iria ser quando crescesse. Já pensei em medicina, psicologia, administração, magistério e química. Entre meus pensamentos nunca passou por minha cabeça a agitação que viria com a vida acadêmica. Acordar, trabalhar em dois lugares, ir para a faculdade, fazer trabalho voluntário no final de semana, e tudo está apenas começando.

O fato é que escolhi uma profissão polêmica. Digamos que a discussão em torno dela parta de vários âmbitos, desde o princípio em que trabalho, trabalho, durante a semana, trabalho mais um pouco nos finais de semana e mais um pouco nos feriados. Parece até injusto, se não fosse o que amo fazer. Escolhi ser jornalista por aptidão, acredito eu. Para mim, é como se funcionasse como um relacionamento amoroso, onde conheci, me apaixonei, entrei para a faculdade e iniciei um namoro. Daqui a dois anos e meio vou estabelecer o vínculo definitivo, como em um casamento.

Às vezes me pego pensando em como seria diferente se tivesse insistido em fazer medicina. Talvez ainda estivesse no cursinho preparatório, estudando para passar em alguma faculdade que tivesse o curso. Meu Deus, só de pensar me dá arrepios.

Analisando tudo ao pé da letra, descrever meus dias é fácil, o difícil é vivenciar as 24 horas compostas por textos, aulas, apurações, dead line e muitas pedaladas de bicicleta para cumprir minha rotina. Por isso classifico minha mente como sempre e nunca ocupada. A ocupação que me é necessária agora e os motivos que me fazem continuar, me estimulam a insistir em descrever meus dias.

4 comentários:

Camila Campos disse...

Ai que orgulho da minha amiga...
Como nós nos parecemos, inclusive nas crônicas...
E na rotina tbm, o que muda é que minha rotina é composta por alguns km, que não dá pra fazer pedalando...rs*
BjoOo

wgsalomão disse...

Dona Fernanda, como é que vai...
Como não sei mexer nesta bagaça eletrônica chamada computador, tô mandando o endereço do meu blog via comentários mesmo

pieguicesdeumpobrecoitado.blogspot.com

DÁ UMA PASSADA LÁ, MAS VC VAI SE DECEPCIONAR UM POUCO, POIS NÃO FIZ NENHUMA POSTAGEM AINDA, SÓ MEU PERFIL

WAGNER

Letícia Nascimento disse...

MINHA JORNALISTA! MEU ORGULHO! AMO VC FER!!

Anna Laura Barreto disse...

A Crônica é a fantástica arte de perceber o simples do cotidiano e transformá-lo em belas combinações de palavras. Bobo é quem não cai de paixões por ela =]