terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Às vezes não sabe

Passando pelos vídeos do Youtube, me chamou a atenção a letra da canção "O amor não sabe esperar" entoada por Marisa Monte e o Paralamas.

Na mesma hora estava planejando um novo post para o blog e aí me veio a idéia de postar a letra. A identificação, talvez ainda oculta para alguns, ficou clara ao meu coração que às vezes não sabe esperar e ainda não sei por quê.

***

Sopra leve o vento leste
E encrespa o mar
Eu ainda te espero chegar
Vem a noite
Cai seu manto escuro devagar
Eu ainda te espero chegar
Não telefone, não mande carta
Não mande alguém me avisar
Não vá pra longe, não me desaponte
O amor não sabe esperar
Ficar só é a própria escravidão
Ver você é ver na escuridão
E quando o sol sair
Pode te trazer pra mim
Abro a porta, enfeito a casa
Deixo a luz entrar
Eu ainda te espero chegar
Escrevo versos
Rosas e incenso para perfumar
Eu ainda te espero chegar
Estar só é a própria escravidão
Ver você é ver na escuridão
E quando o sol sair
Tudo vai brilhar pra mim


http://www.youtube.com/watch?v=jO9k19tGOPU&feature=related

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Verdades

"Todos nós temos algo que nos inspira
Pelo menos nós inspiramos um ao outro
Se eu me transformar em outro, cave e me resgate daquilo que está cobrindo a melhor parte de mim
Cantando essa canção, lembre-me de que nós sempre teremos um ao outro quando todo o resto tiver acabado"
[Trecho de 'Dig' - Incubus]
***

Jamais pensei no recomeço do fim. Na verdade, das vezes que era questionada sobre a possibilidade de tudo voltar a ser como era, preferia esquecer e me dedicar às verdades concretas. Do fim, o recomeço, a nova chance para que tudo brilhe e intensifique a vontade oculta de viver e esbravejar o melhor dos sentimentos.

A partir daquele momento o sorriso disse o Sim que os lábios não se propuseram a pronunciar. O olhar tornou-se vivo, por meio do brilho que se via. A mente confusa trazia à tona o medo. O coração porém não podia se conter diante do presente que Deus reservara.

O sonho de dias melhores, as dores, os sofrimentos não mais arrancavam as linhas que desejara escrever. Sem mais se via inspirada a convencer o mundo a crer nas verdades que preenchiam sua essência. E nesta se completavam, um ao outro, mesmo que todo o resto estivesse por acabar.

Tinha o sorriso, tinha fé, tinha de volta a inspiração necessária para que a vida possuisse as formas angelicais de seus olhos singelos e doces. Nestes descorriam as verdades mais ocultas do coração puro e da mente confusa que a conquistara.

A parte estava viva, por tudo o que desejara e jamais imaginara. Via o recomeço no fim que desejou fazer parte da canção que traduziam de fato os mistérios de seus dias mais amenos.