sexta-feira, 6 de novembro de 2009

'Para todo o mal, a cura'

A vida nunca esteve tão corrida quanto o que vivera nas últimas semanas. A casa nunca permanecera tão cheia nos finais de semana que a fazem sorrir. Sobre as alegrias que não passam, ela as tinha vivido, e no coração já palpitava a intensidade de novas emoções.

Com carinho se lembra do dia em que abriu um sorriso largo depois de toda a tristeza que passou por seu caminho. Sem entender muito bem, pôde comprovar que estava melhor. Tão bom o sentimento de estar feliz sem motivo, de sem querer se pegar sorrindo, quando o por quê ainda não descobriu.

Sentiu o amadurecimento de tudo que viveu na prática de seus dias, que por alguns instantes, deixaram de ser corriqueiros e medíocres. Podia sorrir e receber sorrisos gratuitos e não se preocupar com as dores do coração cansado e persistente. Recebera com amor a missão mais uma vez, e se entregara para o que seu Bem verdadeiro reservou para aquela pobre mortal. Ela já estava nas mãos D' Ele.

Descobriu que viver vale muito à pena e que de fato, tudo passa e permanece por passar. Anciosa ainda espera passar por tudo, por completo. No lugar onde as dores deram lugar aos sorrisos, ela escondeu a pressa. Antes de tudo necessitava esperar por o que ainda possuia de bom para viver.

A certeza do amor não lhe faz falta quando descobriu que a metade não completa nada. Que o que realmente vale estará com ela, quando mais precisar e assim necessitar permanecer. Quando os sorrisos estiverem por acabar ela retornará e saberá como respirar, tranquila.

Um comentário:

MFernanda disse...

nada que as tempestades dos veroes nao leve com ela...permitindo a intensidade do sol a cabeca...