segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Poesia de Saron

Desde a primeira vez que ouvi sempre fui muito admiradora do novo CD da banda católica Rosa de Saron, e neste post, em especial, da canção 'Velhos Outonos'. Por se tratar de pura e real poesia, o texto ainda permanece com um caráter reflexivo e digno das músicas boas que admiro. Vale à pena ouvir e ler.

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Os dias passam, passam as horas
Tocando temas com um piano desafinado
Mais ou menos errado, mais ou menos parado
Sem sentido, um pouco ignorado

Gritos ecoam, selam memórias, marcam
Deus ainda chora, sempre rimos e o mundo esquece
O tempo da última prece
E ninguém aquece, ninguém acontece

Você sente na pele
Os dias estão frios, as noites estão quentes
Caminham num labirinto de vento
Vestindo pouco a pouco o esquecimento

Somos o que fazemos para mudar o que fomos
Mas se nada somos, virão apenas velhos outonos

Uma lágrima no chão reagiu minha lentidão
Tocou meu coração, fiz o que precisava

Ele chorava e eu perguntava
É comida? É uma casa?
Mal a noite caía, ele dizia

"Se quiser fazer algo por mim
Faça um verso sereno
E que ele me leve
Não somente ate o céu, mas perto das estrelas"

Somos o que fazemos para mudar o que fomos

Trecho de 'Velhos Outonos' por Guilherme de Sá

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